Autovisão Coletiva e as Criminalização das Drogas

Tive uma discussão sadia a respeito de um documentário sobre proibição e criminalização de drogas semana passada com um amigo no Facebook, o que me levou a perceber no final o quanto a ignorância (no caso a minha) e a falta da visão de conjunto (minha também), da compreensão do contexto e da desinformação (minhas também!) podem fazer com que trafares (traços fardos, desvios de personalidade, pontos negativos) se tornem evidentes e grosseiros.

E é por isso que o post da semana é sobre isso:

Visão de Conjunto ou Autovisão Coletiva

Visão de conjunto (ou ainda Visão Holística) significa encarar um problema sobre vários aspectos num enfoque multidisciplinar, ou seja, pegar o seu problema e estudar, analisar todos as partes envolvidas, de diversos pontos de vista, “montando o quebra-cabeças” no final de tudo, evidenciando a origem ou a raiz da problemática, muitas vezes mais profunda do que aparentava.

Autovisão Coletiva ou Visão de Conjunto ainda pode ser entendida como a capacidade de perceber contextos macro para compreensão das sutilezas existentes dentro das sociedades intra e extrafísicas.

Não constitui tarefa das mais fáceis desenvolver uma visão de conjunto intrafísica, quanto mais uma multidimensional. É preciso levar em consideração fatos históricos, análise de interesses e decisões políticas, saber obter informação daquilo que não é informado pelos veículos de mídia de massa, saber perceber aquilo que está implícito na opinião das pessoas, seus interesses e motivações. Como disse, nada fácil!

E ainda estou falando apenas da parte intrafísica da coisa. Porque quando se insere a multidimensionalidade, o que acontece na extrafisicalidade com relação à problemática, torna o assunto ainda mais complicado de ser analisado, principalmente por faltar referências e bases confiáveis de informação.

O documentário em questão encontra-se abaixo, que é exatamente um exemplo de visão de conjunto sobre a criminalização das drogas e quais foram os motivos e critérios utilizados para classificar as drogas em lícitas e ilícitas sendo construída aos poucos, com informações provenientes de diversas fontes, mostrando no final que “o problema é mais embaixo”.

Antes de apertar o “play” coloque seus idealismos, preconceitos e dogmatismos de lado e deixe o seu lado científico observar as informações do documentário e seu discernimento fazer o trabalho de distinguir aquilo que deve ser aproveitado do conteúdo, daquilo que deve ser ponderado. Afinal, tudo tem seus lado positivo e negativo.

E não direi que sou contra as drogas nem a favor delas, pois já cometi esse erro antes. É ignorância dizermos que somos “contra as drogas” sendo que as utilizamos diariamente para aplacar dores de cabeças, dormir, curar doenças, nos mantermos acordados ou “fazer um social” com os amigos depois do serviço.

Devemos sim, ser a favor de uma ampla e aberta discussão a respeito de todos os tipos de drogas e suas utilizações, benefícios e malefícios, criminalização ou não, para o indivíduo e para a sociedade, baseadas em pesquisas científicas sérias, para determinarmos qual a política a ser adotada em relação às drogas e cobrar isso dos políticos que estaremos elegendo nas futuras eleições.

Depois de ver o documentário, percebeu que o problema mais sério é a criminalização das drogas e como isso afetou a sociedade como um todo causando-lhe um dos maiores males do século XX e XXI?

Percebeu também que neste documentário ficam puxando a “sardinha” pro lado da maconha?

2 comentários em “Autovisão Coletiva e as Criminalização das Drogas

  1. Smaily, admiro demais sua capacidade reflexiva e crítica. Não é fácil ser transparente como vc se mostra, não “abaixando a cabeça” para qq dogma ou tradicionalismo, seja ele de onde venha. Trabalhar com verpons (verdades relativas de ponta) não é algo fácil, nem mesmo dentro da comunidade conscienciológica, principalmente se esta “proposta de verpon” difere da visão de mundo de Waldo.
    ressalto isso pois acho importantíssimo sermos críticos e aplicar o princípio da descrença SEMPRE. Principalmente se a ideia for “senso comum conscienciológico”, pois se nao for assim caímos no buraco de “termos fé” no que o prof. Waldo ou qq Epicon falou..
    Afinal, até mesmo o desperto ainda erra bastante, podendo cair em falácias lógicas e idiotismos culturais… Tem lógica isso q falei?

  2. Com certeza tem lógica, Tiago. Já passamos por muitas existências, através das quais adquirimos conhecimento que se tornou arraigado, dogmático, preconceituoso, dentro de nós e agora temos que lutar com nós mesmos para questionar tudo isso que nos trouxe até este momento evolutiva, até esta vida e buscar desenvolver essa atitude mais científica, mais pró-evolução pessoal, substituindo o “ver pra crer” pelo “ver, ouvir, sentir e experimentar para confirmar”.
    É característico de quem ainda possui resquícios religiosos (como eu) aceitar idéias muito rapidamente frente a outras serem descartadas na mesma velocidade. Isso pode levar exatamente a isso que você disse: de achar que só o que o Waldo ou algum algum Epicon disse é verdade, esquecendo que eles também são Consciências em evolução e portanto não são donos da verdade, e que essa verdade por ser relativa está em constante modificação e temos que nos policiar para, como você disse, utilizar sempre o Princípio da Descrença.
    Sei que não sou nenhum modelo de “mente científica” a ser seguido, pois ainda tenho muito a ser trabalhado para chegar nesse ponto, mas estou me esforçando! 🙂
    Trocar idéias com você e ver os diferentes pontos de vista das outras pessoas que comentam aqui no blog, tem me ajudado bastante! Agradeço a você pela assistência mentalsomática e a todos os que aqui estiveram e deixaram comentários para me fazer refletir!

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